sexta-feira, 27 de maio de 2011

Um dia achei que seria poeta ...

Tenho muitos cadernos guardados ( meia dúzia deles ), numa mala de viagem preta de coro fraco que comprei no centro ( SP ) paguei uns $ 90,00 ... que guardo com carinho, mesmo que hoje nem um deles me diga nada,
guardo porque talvez um dia meus netos se interessem pela vida que sua avózinha descolada levou;
guardo porque talvez um dia eu mesma volte a me interessar pelos meus 16 ... 17 anos. ( mesmo sabendo que não fui nada descolada ).
Então vou colocar aqui um dos poeminhas que li num deles hoje.
O poema não tem nome, então resolvi deixar assim mesmo


Passo horas em frente a uma
folha em branco esperando
que ela me diga
o que de mim ela também está esperando.


Rabisco, faço borrões de tinta
procurando incansavelmente palavras
pra escrever o que a caneta
teima em não escrever.


E o papel em branco chora e espera
porque a face pálida súplica por cor
e eu nessa angústia que me desespera
tento preencher sua dor.


Então por fim minto palavras
palavras que não sinto
mas abafo nossa angústia
e na sua face a morte pinto.


25/10/2008

5 dias depois do meu aniversário, que triste minhas rimas pobres
mas agora já postei ( na verdade ainda não ) e não há arrependimentos (y)

;*

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